quarta-feira, 1 de agosto de 2012

o pensamento me protege?

Tenho um pensamento recorrente que me inferniza a vida. É verdade que ele já foi mais frequente, mas ainda me persegue. Um dia comecei a ler um livro do Paul Auster, que eu adoro, e a história girava exatamente em torno do meu pensamento. Quer dizer, do dele. Mas era igual, idêntico ao meu. Que na verdade se resume a falta de controle que temos ao que vai acontecer na nossa vida. E na vida do outro. Eu, por exemplo, sempre ficava em dúvida quando insistia muito com um dos meus filhos, para ir a algum lugar que eles não queriam ir. No final, deixava pra lá. Porque, de repente, de um momento para o outro, me batia um pânico. "E se ele ou ela for e acontecer alguma coisa? Jamais vou me perdoar!" Era como se a minha insistência os empurrasse para alguma coisa ruim. Como assim? Assim mesmo! Pode também acontecer de me perguntarem se acho que devem pegar esse ou aquele caminho. Me pego no mesmo dilema. "E se naquele caminho que eu escolher, acontecer alguma coisa?" Abro mão da escolha. É surreal, mas é verdade! A questão é que isso só acontece quando tem outras pessoas em jogo. Porque quando a dúvida é apenas em relação a mim, não tenho medo. Arrisco, faço escolhas, vou em frente. Não passa pela minha cabeça que alguma coisa ruim possa acontecer. Posso até me arrepender, querer voltar o tempo, ter raiva da minha opção. Mas tentei.
Estou vivendo um momento em que tenho de fazer muitas escolhas. Todas muito sérias e bacanas. E dependem da minha coragem e das minhas decisões. Não penso, em momento algum, que alguma coisa ruim acontecerá. Ao contrário! Tenho certeza que dará tudo certo! Como se isso também não envolvesse a vida de outras pessoas.

domingo, 3 de junho de 2012

meus hermanos

Los Hermanos entram no palco. Lá do alto, posso ver milhares de pessoas. Mais do que felizes, estão em êxtase. Eu também. Uma vontade de chorar imediata toma conta de mim. Olha lá, quem vem do lado oposto, vem sem gosto de viver, olha lá, que os bravos são, escravos sãos e salvos de sofrer, olha lá, quem acha que perder, é ser menor na vida... É uma alegria misturada a uma emoção gigante. Fico lembrando dos shows deles de anos atrás, antes de pararem de se apresentar como banda, e penso na minha vida. Estamos todos ali outra vez. Todos um pouco mais velhos, mas com a mesma vontade de cantar aquelas músicas. Com a mesma vontade de estarmos juntos. Com a mesma vontade de acreditar em tantas coisas que são ditas naquelas letras. Fico vendo aquela alegria toda, daquela meninada que canta junto e me emociono mais ainda. De repente, a tela atrás do palco se ilumina com as imagens deles, e o Marcelo começa a música que me derruba. Moça, olha só, o que eu te escrevi, é preciso força pra sonhar e perceber, que a estrada vai além do que se vê. Sei, que a tua solidão me dói, e que é difícil ser feliz, mas do que somos todos nós, você supõe o céu... É como se ele pudesse me acolher com essa música, todas as vezes que a escuto. E o choro que ela me provoca, é aquele choro em que a gente agradece o colo que recebe de uma pessoa que nos compreende. E o show segue em frente, com toda a beleza que sempre teve. Ri, cantei e me acabei de chorar de novo com Eu não vou mudar não, eu vou ficar são, mesmo se for só, não vou ceder. Deus vai dar aval sim, o mal vai ter fim, e no final assim calado, eu sei que vou ser coroado, rei de mim.
Mesmo sendo ateia, eu acredito nisso. 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

5.16km

Hoje voltei a correr. Quase dois meses depois da cirurgia do meu olho. E alguns meses parada, paralisada pelo medo de cair. Eu e Carolina somos gente que cai. E enxergando tão mal, o medo aumentou. Corri meio mal, mas fui lá. Senti que volto rápido. Meu corpo fica mais forte. Sinto um poder, um controle de todos os meus movimentos. Adoro isso. Adoro saber que minhas pernas e meus músculos ajudam minha cabeça e meu coração. Em uma linha reta. Corro, tiro a angústia e fico mais feliz.

quinta-feira, 8 de março de 2012

a minha felicidade

Felicidade tem uma definição para cada pessoa. Pra mim, tem uma. Saber o quanto sou amada!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

força estranha

Alguma coisa na minha angústia repentina, me avisava que coisas novas estavam a caminho. Uma vontade de chorar, um medo de sair, uma confusão para olhar tudo o que estava a minha volta. Em alguns momentos, parece que tenho uma perturbação mental. O barulho das falas, a visão turva, tudo me confunde. Justamente, quando preciso de maior lucidez. E aí, quando estou completamente desatenta, como em um estalo, percebo tudo de uma só vez. E mergulho em um estado de atenção absoluta. E dor. Mas nada pior de reconhecer que a dor também já é suportável. Por ser permanente. Conhecida. Recorrente. E que eu me torno, a cada dia, mais forte. Mesmo tendo certeza de que essa força só é possível, porque também me reconheço, a cada dia, mais frágil.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Quem manda em mim?

Fecho um olho. Esquisito. Depois o outro. Também. Com os dois abertos, tudo embaçado. Sempre tive medo de não enxergar direito. E não é que agora eu estou assim? Me irrito lendo o jornal. Desisto e vou tomar banho. Era só isso o que me faltava pra cair em um choro sem fim. Na reunião a tarde, não vejo nada direito do que é apresentado. Dissimulo. Sempre pensei que a falta da visão, empurra o sujeito para a escuridão e para o pensamento. Apenas para o pensamento. Não suporto nenhuma das duas possibilidades. Odeio escuridão. E não aguentaria ser tomada pelo meu cérebro. Resolvo reagir. Lembro que tenho corrido. Tenho malhado. Me divirto com as pessoas que amo. E isso está longe de estar mergulhada na escuridão e nos pensamentos. Choro outra vez. O olho embaça, não enxergo nada! E me dou conta de que, decididamente, quem manda em mim, é o coração. E esse, uhuuu, anda bem acelerado nos últimos tempos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A delicada raça da pedra dura

Quando eu era criança, um tio muito querido me dizia que eu chegava delicadamente. Ficava pensando seriamente o que seria aquilo. Até que me dei conta que era um elogio. Como eu era muito tímida, eu não queria ser notada. Chegava sem fazer barulho. E ficava observando as conversas. As pessoas. Tudo ao meu redor. Hoje, tenho uma amiga muito querida também, que diz que somos da raça da pedra dura. Já não perco tempo pensando o que isso quer dizer. Entendo bem. Mas fico pensando se a delicadeza e a pedra dura são antagônicas. E concluo que não. Porque quero ter a delicadeza no trato. No falar. No sentir. E a pedra dura, no enfrentamento. Na coragem. Na persistência. Na resistência. Na insistência. E essa, não quebra fácil.  Nem entorta. Por delicadeza, gosto muito dos gestos amorosos. E quando esbarro em alguma coisa diferente disso, vou em frente. Ô raça!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

. O meu Facebook .

É assim. Se estou cansada, exausta, sem vontade de fazer nada. É lá que me ocorrem mil ideias novas. Escutar musicas, conversar com meus amigos, ler um blog. Fácil. Se estou triste, com dó de mim, com um nó na garganta, engolindo o choro por horas a fio. É lá que encontro as maiores bobices, os melhores assuntos, dou as maiores gargalhas. Rio, rio e rio muito. Se estou de mau humor, leio as coisas mais surreais, vejo as fotos mais vergonhosas, acho todos os 'pensamentos' da Clarice Lispector. E, claro, vejo que o mundo é muito melhor do que eu possa imaginar. Não há solidão que resista. Não há seriedade que não despenque em segundos. E aí, eu entro sem nenhum pretensão. E dou de cara com uma declaração de amor dos meus amigos. Gargalhada certa. Nada ali tem script certo. Desconcertante e emocionante. Lindo. E simples assim.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Por que é que tem que ser assim

Ando com uma saudade doída dela. De andar de mãos dadas por aí. Das gargalhadas, por pura bobice. Dos programas só nossos. De ver Friends agarradinhas no sofá. E ficar rindo, rindo, rindo. Saudade de fazer brigadeiro branco e comer o prato todinho de colher. Saudade de sair pra comprar roupa e não encontrar nada. Até do mau humor dessas horas eu sinto falta. Saudade de comer comida japonesa, até a gente não aguentar mais. Saudade de ir no trashokê e, juntas, cantar olhando uma pra outra. "Sou eu assim sem vocêê." Saudade dos domingos de risotos inventados. Cada domingo um diferente. Saudade dos abraços apertados e dos beliscões que eu dava quando ela virava de costas. Ela sempre reclamava rindo. Saudade de entrar no quarto dela e vê-la cantando aaaalto!!! Sempre cantando. Saudade de tudo o que ela fazia e trazia pra eu provar. E eu sempre queria mais. Saudade de poder dizer que a amo com o amor mais forte que existe. Amo tanto que tenho certeza que essa saudade vai acabar.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Meu for tri tri

Depois de alguns dias andei de ônibus outra vez. Mais histórias me divertem. Um senhor muito idoso, muito demais, atravessa a Nossa Senhora de Copacabana sozinho. Na cabeça, um machucado. Revolta geral. ‘Como pode? Se eu machuca-lo, aparece neto, filho, bisneto, até pai e mãe!’ Não tem como ficar alheia. Nem meu desligamento habitual suporta. ‘Ah! Malandro, precisa ver a minha sogra! Ela é pensionista da Aeronáutica. 74 anos. Eu aqui ralando como cobradora. Meu marido com 46 anos, ela agora arrumou um namorado de 48. Adivinha onde ele trabalha? No Hospital da Aeronáutica, haha. Só pra arrancar dinheiro dela. É uma máfia que tem lá, só pra isso.’ E assim, minha viagem interna se distrai. 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ai, outra vez

A dor voltou a me paralisar nos últimos dias. O mesmo sentimento de desamparo durante a noite. Nada me socorre. De repente, se mistura aos sonhos e quando acordo, demoro muito tempo pra entender se é real, ou se tudo aquilo fez parte do meu sono. Desalento absoluto.
Hoje foi assim. Horas lentas. Banho muito quente. Cabeça confusa. Pelos remédios, pelo cansaço. O trânsito insuportável me deixa a um gesto de sair correndo e gritar muito. Só desisto diante da chuva e do frio que não vão embora da minha cidade. Se não fosse isso, talvez a dor até desistisse de mim.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Quieta

Hoje acordei precisando de silêncio. Não falar muito. Não falar quase nada. Presto atenção ao dia lindo, ao meu trabalho, às pessoas. Escuto a tudo o que sinto. Engulo, engulo. Percebo que qualquer movimento diferente me desequilibra. E isso não me conforta. O trânsito a mais ao voltar pra casa me dá um nó na garganta. Isso não é normal [penso sozinha]. Caminho pela rua movimentada de Ipanema, me distraio e chego em casa. Ganho um sorriso da minha filha. Algumas perguntas do meu filho. Tchau, mãe. Ele sai. Silencio outra vez.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Eu quero dar alegria

Sempre fui desligada. E muito ligada ao mesmo tempo. Assim mesmo, as duas coisas brigando dentro de mim. Da mesma forma que estou longe, muito longe, estou super ligada em alguma coisa que ninguém imaginou que estivesse prestando atenção. Então, sem mais nem menos, surpreendo.
Sou assim também com as emoções. Estou na mais profunda dor. Sofrendo muito, muito mesmo. O nó na garganta permanente, o choro compulsivo em todas as manhãs. E assim eu vou.
Mas não quero isso. Quero cantar. Quero rir. Quero dizer pras pessoas que elas me salvam todos os dias. Todos os dias! Às vezes recuo, desligo, mas vou em frente. Em busca da minha alegria. Só assim serei capaz de salvar.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

...

Nada me é estranho. Nada. Nem o pedido, nem a dor. Nada. Mas a impotência é. A paralisia absoluta é. E me joga em um abismo todas as manhãs desesperador. Aí eu tento traçar um plano para o dia. Saídas. Buscas. As horas passam. Nenhuma mudança à vista. Passos lentos. Algumas lágrimas. E eu ali. Não se trata de ideias novas. Não se trata de palavras mágicas. De discursos milagrosos. Quem dera! Um cigarro. Mais um. Ansiedade absoluta. Concentração alguma. O meu sono foi embora. Minha fome. Minha força. Mas duas coisas permanecem ao meu lado e dentro de mim. Fiéis. Crescentes. Inabaláveis. As pessoas. E o amor delas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Encontros

Quente, muito quente. Era assim que estava aquela manhã. Um sol que iria aparecer, mas ainda não havia saído. Ipanema, Aterro do Flamengo, Santos Dumont. Um aperto. Sábado é o dia que mais gosto na minha cidade. Uma vontade de ficar, mas sei que deveria ir. E fui. São Paulo e calor são situações estranhas. Embora eu as conheça bem. O evento que me levou durou metade do dia. O vinho me deixou falante. Ao anoitecer a casa do meu amigo me esperava. No caminho para lá penso em como tenho amigos. Em todos os lugares. Sorrio. E, mais uma vez, penso que é esse acolhimento que eles me dão que me salva. De tudo. O efeito do vinho vai embora, mais um tempo e minha amiga liga. Caminho até sua casa e a lua cheia está mais do que linda. A conversa mais do que boa. No restaurante japonês falamos dos filmes da nossa vida. São tantos. Fui dormir pensando em Paris Texas.
Quente, quente demais. Era assim que estava aquela manhã. Uma vontade louca de fugir dali. Minha amiga ligou e fomos tomar café da manhã em uma daquelas padarias paulistanas bacanas. Cheia e gostosa. Depois vamos ao Parque do Ibirapuera ver algumas exposições. Brasilidades. Cultura popular. Emoção. Mais conversas, fotos, amo muito tudo isso. É só o que consigo pensar. Combinamos de descer o Velho Chico. Sonho antigo. Lembro que conheço bastante o meu país. Mas quero conhecer muito mais. Vamos para o Mercado e mais encontros, mais amigos. Almoço. Quando vejo aquela mesa, lembro de 'tudo junto e misturado'. Me emociono mais uma vez. Saímos de lá andando. A cidade está lotada, Virada Cultural. Paramos pra comer um doce. É a última parada com eles. Hora de voltar.
Quente, quente e linda. Era assim a noite no Rio quando cheguei. A Lagoa, Ipanema me esperava, minha casa. Meus filhos, meus objetos, meus cantos. Uma sensação boa de chegar. De pertencimento, enfim. Cansada, mas sem conseguir me desligar de tudo o que vi, conversei, dos encontros. Fui dormir pensando nos abraços dos meus amigos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Saudade de Clarice

A noite está quente e eu caminho em direção à Lagoa. Linda. O movimento de sempre. Todos se exercitam. Muitos carros. E eu sinto falta do suor da minha corrida. Mas meu destino é o Caiçaras. De longe vejo a Clé. Acho engraçado que a gente sabe que está com saudade, mas a dimensão exata a gente tem quando vê a pessoa. Dá um aperto e percebe que falta danada estava sentindo daquela presença. Daquela conversa. Daquela distração que é dela e que é minha também [coleciono as melhores histórias do mundo sobre isso!]. Estava sentindo saudade das nossas brincadeiras. Dos nossos códigos que só nós entendemos. Das desculpas mútuas. E dos acessos de gargalhadas. Do nada. Por nada. Bobices. Sempre foi assim. Sempre será assim. E a conversa vem, fica, não termina. Não terminará jamais. Porque o amor é imensurável. Pra sempre. E quando nos despedimos e saio andando pra casa, a saudade permanece. Mas percebo que volta uma alegria, que só ela é capaz de imprimir em mim. Vontade de voltar ao tempo em que nos víamos cotidianamente.

sábado, 9 de abril de 2011

Ciclo básico

No caminho para o trabalho, aflita, muito aflita, tento alguma resposta pelo telefone. Ela não vem, mais uma vez. A noite mal dormida deixa a cabeça atordoada. O choro engolido saiu ainda na cama, ao tentar levantar. Mas com o passar das horas ele não para. Não tem jeito. Sai sozinho. Está além de mim. Fora de mim. Peço desculpas. E continuo assim. Me olho no espelho e levo um susto. Não me reconheço mais. Meus olhos estão horríveis. Fico alguns minutos olhando a água nas minhas mãos, buscando alguma força para elas. Não estarão nas minhas mãos a possibilidade de mudar nada. Nada. Infelizmente. Como se eu pudesse cavar, cavar, cavar... Não posso. Não existe terra pra buscar alguma coisa. Não existe busca. Ando lentamente. Se eu pudesse correr e chegar mais rápido! Não. Já corri tanto, tentando buscar algum ar a mais. Não resolveu. Minhas pernas estão finas. Meu corpo magro. Não é com meu corpo mais forte que conseguirei transformar tudo isso. Já está provado também. Quanto mais peso eu puxo, menos força eu tenho pra transformar esse estado de coisas instalado a minha frente. Por que eu não consigo? Tento tanto empurrar isso tudo pra bem longe daqui! Faço tudo o que posso! Até minha voz anda baixa. Ninguém anda me escutando direito. Aí eu canto. Tenho cantado. Então, de novo o aperto no peito. Muito. Tento a gargalhada. Mas ela está cada vez mais rara. E quase em desespero eu tento dormir. Sem sonhar. Porque ele não existe mais. Há muito tempo que desistiu de mim. Tristeza profunda.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Noite

A frase não sai da minha cabeça, respira, tem de respirar, todo dia, todo dia. A noite volta e meia é cortada. Por algum susto. Alguma dor. Real. E o pensamento custa a entrar em sintonia. Ou melhor, custaria. Mas vai no tranco. Tem de respirar. Mesmo com todo o aperto bem aqui. Com toda confusão mental em que me sinto. Perturbação absoluta. Por que tem de ser assim? Nada disso estava em tudo o que inventei. Em tudo o que fiz. Em todos os retalhos que costurei pra que a colcha fosse enorme, e quente, e macia, e protetora, e colorida, e que tivesse espaço para todos os outros pedaços que viessem ao longo do tempo. Que fosse sem fim... E eu lembro que tenho de respirar. Todo dia. Todo dia.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Amiga[íssima]

O dia era apenas mais um. Normal. Várias janelas abertas no computador. Além de muito trabalho. Comum. A rede social fica ali. Gosto disso. É uma forma alegre de me manter ligada aos meus amigos. Aos meus filhos. Àqueles que estão longe. Mas perto. Mais perto. De vez em quando uma sugestão. Algumas bacanas. Outras ignoro. Veio uma especial. Nem acreditei. Li de novo. Claudia Zurli. Mais Bravo. Não é possível?! Tão longe. No tempo. Na história. Mas volta e meia ela vinha na minha lembrança. Sempre linda, eu lembro bem. Que engendrava uma nova saudade, uma outra pessoa, um outro tempo.  E agora ela estava ali. Possível, alcançável, acessível. E mais. Passou a ser também definitiva. Imprescindível. Mais feliz impossível.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Vou!

A sensação é a mesma sempre. Tudo é possível. No início muita empolgação. Como fico feliz! Rio demais. Brinco demais. Faço declarações demais. Tudo é demais. Depois, não tem jeito. A dor volta com força demais. Mas acabei de me olhar no espelho e vi que dá pra disfarçar. Vou começar tudo outra vez.