quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A delicada raça da pedra dura

Quando eu era criança, um tio muito querido me dizia que eu chegava delicadamente. Ficava pensando seriamente o que seria aquilo. Até que me dei conta que era um elogio. Como eu era muito tímida, eu não queria ser notada. Chegava sem fazer barulho. E ficava observando as conversas. As pessoas. Tudo ao meu redor. Hoje, tenho uma amiga muito querida também, que diz que somos da raça da pedra dura. Já não perco tempo pensando o que isso quer dizer. Entendo bem. Mas fico pensando se a delicadeza e a pedra dura são antagônicas. E concluo que não. Porque quero ter a delicadeza no trato. No falar. No sentir. E a pedra dura, no enfrentamento. Na coragem. Na persistência. Na resistência. Na insistência. E essa, não quebra fácil.  Nem entorta. Por delicadeza, gosto muito dos gestos amorosos. E quando esbarro em alguma coisa diferente disso, vou em frente. Ô raça!

5 comentários:

Rebecca Leão disse...

Também sou! Bjs

claudia zurli bravo disse...

ô raça boa ! bjs

Rui Pascoal disse...

"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura".
:)

Anônimo disse...

Toda delicadeza tem que ter esse lado 'pedra dura'. Caso contrário, as pessoas tendem confundir delicadeza com ingenuidade.
Bisou, ma petite!
;O)

sá disse...

Eu fico com as duas e com todas as outras faces.