domingo, 30 de agosto de 2009

Adoro Belchior, Los Hermanos e À Palo Seco...

Cantei muito essa música...



À Palo Seco
Belchior

Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos lhe direi
Amigo, eu me desesperava

Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente eu grito em português

Tenho 25 anos de sonho e de sangue
E de América do Sul
Por força desse destino
O tango argentino me vai bem melhor que o blues

Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Eu quero que esse canto torto
Feito faca corte a carne de vocês

sábado, 29 de agosto de 2009

Ana

Minha querida,
são tantas coisas que eu tenho pra te dizer, mas o espaço é pequeno, o vocabulário não é tão extenso assim e a minha emoção é gigantesca.
Porque é a minha vida quase que inteira que passa agora na minha cabeça, quando penso em pontuar a sua importância nela.

Então, resolvi falar só um pouquinho, pra deixar registrado o meu amor por você e a sua importância em mim, mais uma vez, no dia em que você faz 50 anos.
Quando te conheci eu tinha acabado de fazer 18 anos e você ia fazer 19. Éramos duas meninas. Logo ficamos muito amigas.
O IFCS era o mundo novo que estávamos descobrindo juntas. Mas nossa vida foi muito além dali. Íamos ao cinema, às festas, ao Bar Lagoa, à praia, viajávamos... E morríamos de ciúmes uma da outra.
A Cris já morava sozinha, a Cau inventou que nosso jeito hipponga era "meio punk", a Gê fazia Ciência Sociais, mas se juntava a nós e a nossa vida era só alegria.

Fomos à muitas festas na casa dos meus pais, na casa dos seus pais, na casa dos pais do Sidinho. Foi lá que descobri o disco de frevos do Caetano: "Eu sou a filha da Chiquita Bacana, nunca entro em cana porque sou família demais..."
Eu adorava ir à casa dos seus pais e encontrar o João tão pequeno. E lembro que você amava almoçar na casa dos meus às quartas, porque era dia de feira e tinha sempre um peixe que você achava muito bom!
Sempre te achei um gênio. Você era meu modelo pra milhões de coisas. E continua sendo. De amizade, de generosidade, de responsabilidade, de correção... De tudo!

Logo depois você se casou e eu achei seu casamento o mais lindo do mundo. Você estava maravilhosa e foi tudo com a descontração que eu quis imitar.
Sidinho sempre ao nosso lado, nos fazendo mais feliz e se tornando, a cada dia, a minha verdadeira "instituição". Como eu amo seu marido também!

Sua casa passou a ser a minha grande referência. Estava sempre descrevendo-a pra alguém: "É linda! Tem um armario verde na sala com umas flores, que é o máximo! No quarto, tem uma luminária de corda comprida, que cai meio de lado em cima da cama, que tem uma colcha indiana..." Era a verdadeira casa chique-meio-punk! A casa que eu queria ter! Era pequena, mas quantas festas ótimas rolaram ali!!!
E nos plantões do Sidinho, eu adorava ir pra lá, pra gente estudar e eu dormir com você.
A gente foi a todas as passeatas, compramos tudo o que era de índio, acampamos com chuva, fomos a muitos shows, fizemos muitas campanhas, fomos a muitos debates na ABI, a muitas festas pagas para ajudar alguma "causa", pintamos os rostos para passeata das mulheres, cobrimos nossos carros de plásticos importantes... Não faltam histórias.
Eu também casei super nova e você ficou grávida. Jamais esquecerei a madrugada de 16 de março de 82. Às 2h da manhã sua mãe me liga: "Seu afilhado nasceu". Comecei a chorar e fui escrever uma carta pra ele. Meu primeiro afilhado! Lindo, lindo, lindo!!!
Depois veio a Olívia, nossa primeira menina. Depois o Caio e a Elisa, bem pertinho um do outro. Nossos quatro pequenos tão amados.
E teve uma viagem pra Terê, com Cau e Cris também, que você e eu fizemos as compras, totalmente sem noção, e compramos simplesmente 10kg de feijão, 5kg de arroz, 8kg de frango... Para um final de semana.
Quantas praias, festas, cinemas, teatros. "Posso dormir na casa dele?" A noite sempre terminava assim. Tempo bom...
E a gente sempre enlouquecidas com aqueles dois!
O Sá sempre fala de um show no Arpoador, na campanha do Lula de 89, todo mundo sentado escutando música e as duas loucas gritando: "Caiooooooooooooo! Pedrooooooooooooooo!"
Até que lá pelas nove horas da noite, os dois anjos entram de roupa dentro do mar... Uma delícia...
Eles foram crescendo, as meninas tocaram flauta juntas, com a Cau no comando, viajaram juntos pela Europa, nos dão milhões de preocupações e alegrias, e a gente sempre falando sobre eles, sobre nós.
Você me mostrando, invariavelmente, um jeito novo de olhar questões, muitas vezes, tão velhas pra mim. Sempre me ensinando. Sempre me fazendo entender um pouco mais as relações humanas, sobre a minha própria vida.
Tenho muito orgulho de ter você por tanto tempo na minha história. Poder te admirar. Poder compartilhar com você minhas dúvidas, meus medos, minhas vitórias, meu cansaço, minha força. Saber que você também compartilha comigo um pedaço importante de você. Continuarmos cotidianamente perto, juntando amigos antigos e novos, nossos filhos, nossas famílias, nossos maridos, faz de mim uma pessoa melhor.
Aos 18 tive você como modelo para um monte de coisas. Hoje você continua sendo para muito mais.
Mas não sinta nenhum peso nisso. Porque você é meu modelo simplesmente sendo o que você genuinamente É!
Porque você é rara, minha amiga, minha irmã.
E o que eu sinto por você é um amor profundo.
Parabéns pelos seus 50 anos de uma vida maravilhosa.


terça-feira, 25 de agosto de 2009

Prefiro com ele, Lelê...

Essa música eu gosto de escutar cantando muuuuito alto!
Adoro!!!
Adoro Nando Reis!!!


Luz Dos Olhos
Nando Reis


Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Um dia pra esses olhos sem te ver
É como chão no mar
Liga o rádio à pilha, a TV
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora...

Pois meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros prá poder
Melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A sua boca em minha...

Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a glória
E eu te chamo, eu te peço: Vem!
Diga que você me quer
Porque eu te quero também!

Passo as tardes pensando

Faço as pazes tentando

Te telefonar

Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar amor nessa hora
Levar as malas pro fusca lá fora...

E eu vou guiando
Eu te espero, vem...
Siga onde vão meus pés
Que eu te sigo também.
Porque eu te amo!
E eu berro: Vem!
Grita que você me quer
Que eu vou gritar: Também!
Hei! Hei!...

*(E eu gosto dela
E ela gosta de mim
Eu penso nela
Será que isso não vai ter fim?)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A festa

1980. Eu estudava História no IFCS.
Centro Acadêmico com uma dívida grande. Precisávamos arrecadar uma grana.
Resolvemos dar uma festa paga.
Morava com os meus pais em uma apartamento enorme, com 5 quartos. Um verdadeiro latifúndio.
Melhor lugar não havia.
Espalhamos cartazes pela UFRJ inteira.
Meu pai estava viajando, chegaria no sábado e sexta-feira era o dia perfeito.
Era um apartamento por andar e colocamos uma "banquinha" na saída do elevador.
A festa começou e cada um que chegava pagava para entrar.
Começou a encher, a encher e em pouco tempo já havia mais de 200 pessoas.
O som estava alto e as pessoas foram se espalhando pela casa toda.
Minha mãe ficou no quarto dela que era no fim de um corredor imenso.
Os casais foram se formando e, com a liberdade da época, não havia nenhum limite.
Para nada.
Começou a rolar de tudo!
Lá pelas tantas, meu pai chegou de surpresa.
Já na portaria do prédio, escutou o som alto e perguntou para o porteiro:
- Tem festa no prédio?
- Tem sim e é na sua casa...
- Na minha casa?
- É, e os vizinhos não param de reclamar...
Resignado, com os filhos adolescentes, subiu.
Abriu a porta do elevador e deu de cara com a banquinha.
- Boa noite, sou o dono da casa.
- Tudo bem, mas tem de pagar para entrar!
- Mas eu sou o DONO da casa!
- E daí? Aí é que tem de pagar mesmo! O senhor é mais rico do que todo mundo aqui, ué!
- Tá bom, então. Aqui está...
E meu pai pagou para entrar em casa!
Olhou aquela gente toda, aquela música altíssima e se escondeu no quarto com a minha mãe.
Lá ficaram e dormiram.
Chegou mais gente e mais coisas rolaram. A festa estava animadíssima.
Só que estava animada demais.
Um começou a passar mal e tirou a moça que trabalhava lá da cama dela e se deitou.
O outro ficou maluco demais e começou a gritar todos os plavrões que conhecia na janela da área de serviço.
Os vizinhos, chiquérrimos, estavam desesperados!
Os casais com as mais diversas composições resolveram que os corredores e os quartos estavam liberadíssimos.
Todos acharam que o dia do "liberalize" já tinha chegado lá em casa.
Não se enxergava um palmo adiante.
Mas tudo teria terminado em poucas horas, se um casal mais atrevido, não tivesse resolvido entrar no quarto dos meus pais, tomado banho no banheiro deles, se enxugado com a tolha deles e, ao sair, não tivesse acordado os dois...
Aí foi demais!!!
Eles não entenderam nada e resolveram ver o que estava acontecendo...
Minha mãe ficou HORRORIZADA!!!
Cada porta que ela abria era um susto que ela levava.
Cada canto que ela olhava era uma aberração.
Jamais poderia imaginar que tantas coisas ao mesmo tempo poderiam acontecer diante dos seus olhos, muito menos dentro da sua casa.
Tudo bem que eram todos jovens.
Tudo bem que os tempos eram outros.
Mas era tudo demais!!!
- Minha filha o que é isso?

- Como o que é isso, mãe? É uma festa e são TODOS meus amigos!
- SEUS AMIGOS???? VOCÊ ESTÁ ME DIZENDO QUE SÃO SEUS AMIGOS???? PODE ACABAR COM ESSA HISTÓRIA AGOOOOOOORA!!!!!!!!!!!!!!
- Mas mãe...
- Não tem mas... Acende a luz e manda todo mundo embora!!!
E foi isso que eu tive de fazer...
E às 4h da manhã, todos os meus amigos do Centro Acadêmico e eu ficamos horas limpando a casa, que estava um verdadeiro caos, com os meus pais achando que tinham a filha mais irresponsável do mundo.
Na segunda-feira, a festa foi o assunto mais comentado no IFCS.
Ainda tive de ouvir comentários do tipo:
- Cacete, Bia, eu tava tão doidão, mas tão doidão, que pensei que estivesse num campo todo gramado, que ficava cuspindo no chão...
E essa festa foi comentada durante anos em vários encontros entre amigos.
E outro dia, uma amiga que estava lá, a Andrea, ainda me disse assim:
- Meus filhos, sempre pedem pro Gustavo contar essa história para os amigos deles lá em casa...
E eu, de vez em quando, ainda conto para os amigos que não viveram essa época comigo.
E confesso, custei muito a contar essa história para os meus filhos...

As armas do povo

Rua da Quitanda, uma hora da tarde.
Clé e eu conversávamos, caminhando para o almoço.
Estávamos distraídas, coisa rara, de repente uma confusão...
Três guardas municipais e um rapaz dentro da lanchonete na esquina.
Um monte de gente gritando. Um dos guardas segurando o rapaz pelo pescoço.
Enforcando o cara.
As pessoas gritavam: "larga ele, larga ele!!!"
E eles poderosos, ignoravam os pedidos de todos.
Conseguimos entender que o rapaz era um camelô.
Saíram da lanchonete e passaram pela multidão.
Altivos.
Aí as pessoas gritaram mais alto: "tirem fotos! tirem fotos!!!"
E um monte de gente pegou os celulares e começaram a tirar fotos!!!
O guarda largou o pescoço do rapaz e seguiram pela Rua do Ouvidor.
A multidão atrás.
E mais fotos.
Foram embora todos juntos.
Ficamos nervosas.
E felizes ao mesmo tempo.
Foi bonito ver as pessoas reagirem daquele jeito a tamanha violência.
Com a palavra e a fotografia.

sábado, 22 de agosto de 2009

Parabéns João!!!

50 anos... Muito bom comemorar com você, minha irmã e todos que te amam. Agora, queremos muitos vinhos no Leblon, hahahahaha.

Concerto do Trio Villa-Lobos no Consulado Geral do Brasil em Frankfurt no dia 30.03.2009
Luis Carlos Justi - oboé
Paulo Sergio Santos - clarineta
Aloysio Fagerlande - fagote
Evento organizado pelo Centro Cultural Brasileiro em Frankfurt (CCBF) www.ccbf.info

Para o Ricardo - o Dom

Parabéns, Ricardo! Regina lembrou bem... Essa música foi a inspiração para o nosso Bonde do Dom!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Quem sabe um dia?

Quando eu tinha uns 12 anos descobri a poesia.
Me apaixonei por Vinícius de Moraes.
E comecei a escrever sem parar.
Até que um dia escrevi uma poesia assim:
"O mar
que vem e fere as pedras,
que passa e deixa o vazio.
Eu queria a calmaria do mar,
eu queria a calmaria da vida."
E meu pai, que foi o maior leitor que conheci na vida, disse assim:
"É lindo, minha filha, parece Cecília Meireles!"
Eu era uma criança e minha poesia não poderia ser comparada à de Cecília Meireles.
Coisas de pai...
Mas eu achei o máximo e comecei a ler tudo dessa poeta maravilhosa.
E de lá pra cá o texto sempre me interessou acima de tudo.
Seja na música, no cinema, na crônica, na literatura, na novela... Eu gosto da palavra.
Quero saber como foi construído o texto daquela história. Como foi contado aquele caso. Como foi desenhado aquele diálogo.
A imagem me seduz, a sonoridade me emociona profundamente, mas o texto me fascina. Me faz chorar. Me faz gargalhar. Me causa inveja.
Sim, inúmeras vezes queria muito ter sido eu a autora daquela sequencia perfeita de palavras.
Fico pensando no momento em que aquela pessoa sentou e conseguiu elaborar aquela determinada frase ou escrever aquele livro que, durante dias, me fez viver aquela história e me tornar uma pessoa melhor.
Os bons livros sempre me tornam uma pessoa melhor.
Não quero escrever poesias, mas quero escrever.
E aí, fico pensando que passo muitos dias com milhões de textos prontos rondando a minha cabeça, mas não tenho a calma e talvez a competência de organizá-los com a beleza e com a vida que um bom texto tem de ter.
Mas quem sabe um dia ainda consiga?
E nesse dia, eu possa também ter calma e me sentar só para fazer o que mais gosto na vida.
Dedicar meu tempo mais precioso para tirar da minha cabeça e saber que alguém, além de mim, poderá saber, através de um texto, o que quero contar.
E talvez nesse dia, eu possa pedir a benção audaciosa, que aos 12 anos nem pensei em ter, do meu pai, do Vinicius, da Cecilia e de todos os escritores que amo tanto...

sábado, 15 de agosto de 2009

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Hoje é sexta-feira!!!

Sexta de sol!
Sexta depois de um dia ruim e de uma noite ótima!
Ateliê da Ju Coqueiro.
Linda. Feliz. Cheia de delicadeza e alegria pra nos receber.
Sexta de aniversário do meu pai.
Sexta de aniversário do pai dos meus filhos.
Ai, quero que o tempo demore muito a passar.
Que a noite hoje seja longa.
Que a gente fique muito tempo se despedindo da Lili.
Que a praia esteja maravilhosa sábado e domingo.
Que eu consiga acertar alguma pergunta no stop game amanhã.
Que eu fique com muita preguiça e leia o livro que estou adorando.
Que eu faça muitos comentários nos blogs dos amigos.
Que eu veja Queridos Amigos pra tomar mais um chope com meus amigos...
Que eu escreva pra exorcizar meus fantasmas.
Que nenhuma dor me atrapalhe.
Que eu fique muito alegre, porque a alegria é a melhor coisa que existe.
E que segunda... Esteja muito longe ainda.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Paz...

Cheguei hoje aqui no trabalho e ganhei um elefantinho branco da Carol.
Ela diz que eu preciso de paz.
Preciso mesmo.
Ela mandou que ele fique virado de bunda pra porta.
Já está a postos, Carolzinha.
E aí, aproveitei pra pedir paz pra minha aniversariante Clé e pra Lelê e Áurea.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Catarse...


“Escuta bem, vou repetir no teu ouvido, muitas vezes: a única coisa que posso fazer é escrever, a única coisa que posso fazer é escrever.”


Caio Fernando Abreu


domingo, 9 de agosto de 2009

Demaissss

Não sou nada médio.
Ou fico muito triste. Ou fico muito feliz.
Ou uma coisa me magoa muito. Ou me emociona profundamente.
Ou esqueço pra sempre. Ou a saudade dói eternamente.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aniversário inventado

Ontem fui almoçar com a Cátia, Alê, Marina e Alessandro. Estávamos falando de aniversário e lembrei do primeiro que passei na escola.
Eu estava no CA. Na época era pré-primário.
Começaram as aulas e toda hora alguém comemorava o seu. Era um tal de cantar parabéns. E a pessoa aniversariante era o centro das atenções! Eu achava aquilo o máximo! Torcia muito pra chegar o meu dia.
Quando chegou a festa junina, eu, eu mesma, descobri que entraríamos de férias e só voltaríamos às aulas em agosto.
E o meu aniversário???? Quer dizer que eu fazia aniversário nas férias de julho???!!!
Então não teria essa história de parabéns cantado por aquele coro dos amiguinhos com a professora?
Não iria ficar lá na frente de homenageada? Nada, nada, nada???!!!
Muita tristeza. Muita frustração. Horrível.
O que é isso para uma criança de 5 anos?
Até que um dia aquela história me encheu! Resolvi mexer no calendário. Por que não? Cheguei para a minha professora e falei muito feliz:
- Hoje é o meu aniversário!
- Que bom! Mas por que a sua mãe não nos avisou?
- Ela está preocupada com a minha festa e esqueceu, ué!
- Então, na hora do lanche cantaremos seu parabéns!
E todos meus amigos fizeram tudo o que eu queria. Era o MEU dia!!!
E no lanche rolou o momento “eu sou a estrela!”
Fiquei muito feliz! Mas acho que a minha professora não estava muito convicta.
E na hora que a minha mãe chegou, ela logo comentou... E a minha mãe nem sustentou minha inocente inverdade.
Ah! Nem liguei! Já tinha aproveitado mesmo!
Valeu a pena, ê ê, valeu a pena, ê ê...