segunda-feira, 18 de abril de 2011

Encontros

Quente, muito quente. Era assim que estava aquela manhã. Um sol que iria aparecer, mas ainda não havia saído. Ipanema, Aterro do Flamengo, Santos Dumont. Um aperto. Sábado é o dia que mais gosto na minha cidade. Uma vontade de ficar, mas sei que deveria ir. E fui. São Paulo e calor são situações estranhas. Embora eu as conheça bem. O evento que me levou durou metade do dia. O vinho me deixou falante. Ao anoitecer a casa do meu amigo me esperava. No caminho para lá penso em como tenho amigos. Em todos os lugares. Sorrio. E, mais uma vez, penso que é esse acolhimento que eles me dão que me salva. De tudo. O efeito do vinho vai embora, mais um tempo e minha amiga liga. Caminho até sua casa e a lua cheia está mais do que linda. A conversa mais do que boa. No restaurante japonês falamos dos filmes da nossa vida. São tantos. Fui dormir pensando em Paris Texas.
Quente, quente demais. Era assim que estava aquela manhã. Uma vontade louca de fugir dali. Minha amiga ligou e fomos tomar café da manhã em uma daquelas padarias paulistanas bacanas. Cheia e gostosa. Depois vamos ao Parque do Ibirapuera ver algumas exposições. Brasilidades. Cultura popular. Emoção. Mais conversas, fotos, amo muito tudo isso. É só o que consigo pensar. Combinamos de descer o Velho Chico. Sonho antigo. Lembro que conheço bastante o meu país. Mas quero conhecer muito mais. Vamos para o Mercado e mais encontros, mais amigos. Almoço. Quando vejo aquela mesa, lembro de 'tudo junto e misturado'. Me emociono mais uma vez. Saímos de lá andando. A cidade está lotada, Virada Cultural. Paramos pra comer um doce. É a última parada com eles. Hora de voltar.
Quente, quente e linda. Era assim a noite no Rio quando cheguei. A Lagoa, Ipanema me esperava, minha casa. Meus filhos, meus objetos, meus cantos. Uma sensação boa de chegar. De pertencimento, enfim. Cansada, mas sem conseguir me desligar de tudo o que vi, conversei, dos encontros. Fui dormir pensando nos abraços dos meus amigos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que delícia, Bia. O que seria da vida sem os amigos, queridos amigos? E esse sentimento de pertencer? Nada como a casa da gente, a cidade da gente, o canto da gente. Muito bom. Indiscutivelmente bom!
BeijO* queridona!