quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Quem manda em mim?

Fecho um olho. Esquisito. Depois o outro. Também. Com os dois abertos, tudo embaçado. Sempre tive medo de não enxergar direito. E não é que agora eu estou assim? Me irrito lendo o jornal. Desisto e vou tomar banho. Era só isso o que me faltava pra cair em um choro sem fim. Na reunião a tarde, não vejo nada direito do que é apresentado. Dissimulo. Sempre pensei que a falta da visão, empurra o sujeito para a escuridão e para o pensamento. Apenas para o pensamento. Não suporto nenhuma das duas possibilidades. Odeio escuridão. E não aguentaria ser tomada pelo meu cérebro. Resolvo reagir. Lembro que tenho corrido. Tenho malhado. Me divirto com as pessoas que amo. E isso está longe de estar mergulhada na escuridão e nos pensamentos. Choro outra vez. O olho embaça, não enxergo nada! E me dou conta de que, decididamente, quem manda em mim, é o coração. E esse, uhuuu, anda bem acelerado nos últimos tempos.

3 comentários:

claudia zurli bravo disse...

quero um lugar nesse seu enorme coração... e pronto! Amei querida!

Anônimo disse...

Amiga, e como já dizia Exupéry:
"Só se vê bem com o coração"
BeijO*

Anônimo disse...

Eu brincava de cego quando era pequeno, queria saber o quanto poderia fazer com os olhos fechados caso um dia viesse a ficar cego. Não conseguia sair do lugar, meu cérebro tomava conta de mim por inteiro, meu mundo todo era ele e o que tinha dentro, um mergulho em caverna, um trilhão de matizes num percorrer para dentro de si, uma loucura deliciosa, um se perder absurdo. Não quero ficar cego, explodiria !