Na volta, parei na banca de jornal na esquina da minha casa e vi uma revista semanal com um poeta conhecido na capa falando de dois filhos esquizofrênicos.
Já estava indo embora quando a ficha caiu.
Voltei, li a chamada outra vez e comprei a revista que não compro nunca.
Aquilo me impressionou demais.
Que coragem, eu pensei.
Sempre tão festejado pelos belos poemas, pelas posições políticas (com as quais nem sempre compartilho), pela defesa da liberdade...
Estava ali, desnudo, expondo uma dor dilacerante.
Estou muito impressionada até agora.
É muita coragem.
Tudo isso em defesa da internação psiquiátrica.
Pensarei mais nisso.