A praia estava maravilhosa. O céu azul do Rio no outono é um escândalo!
Já havia corrido mais cedo, já havia encontrado meus amigos e estava conversando em pé com a Lelê, Simone e Sá. Felicidade completa.
De repente, desliguei. Normal. Fiquei prestando atenção em uma mulher com um vestido bacana, um chapéu idem, um marido malhado, uma filhinha bonitinha. Família de Ipanema.
Passou na minha frente, parou junto a um grupo de jovens não ipanemenses... Falou alguma coisa meio exaltada. O grupo de cinco ficou olhando e ela saiu pisando firme. Voltou gesticulando muito com o marido.
A garotada ficou com cara de que não tinha entendido nada.
Continuei prestando atenção e não conseguia entender nada do que falavam. Nem eles, nem ela. E eu me esforçava muito!
Que agonia!
Comecei a criar uma história, claro! Ela havia acusado os meninos de alguma coisa. Preconceito puro! Já comecei a ficar com raiva dela. Precisa? Logo na praia tão democrática, num dia tão bonito? Tudo tão na paz?
Aí, meus amigos perceberam que eu estava muito viajando. "Aloou, cadê você?"
"Ai, gente, estão vendo aquela nareba? Pois é, ela está acusando aqueles meninos de alguma coisa!"
"Quem? Aquela com cara de metida? Com aquele vestido horroroso?"
"O quê? Aquela com aquele chapéu horrendo?"
"É, aquela mesmo!"
Não deu 10 segundos e o Sá já estava agachado conversando com a galera.
E volta rindo... De mim!
Ai, o que foi que eu fiz agora???
"A moça, gentil, estava precupada porque tinha um cara rondando os meninos e que havia assaltado ela antes e veio avisá-los..."
Gargalhada geral... E um coro: "Viajou, hein?"
É, vou tentar me concentrar aqui, só aqui...
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domingo, 24 de maio de 2009
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