segunda-feira, 31 de maio de 2010

Crédito atrasado...

Só ontem à noite percebi que não dei o crédito no post abaixo... Quem me disse a frase foi meu amigo maravilhoso Luan!
Obrigada, querido!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sou eu!

“Sou eu aliada a mim mesma contra mim. Sempre ali, me puxando o tapete, me puxando o tapete”.
(TORRES, Fernanda. Os normais)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Você está demitido!

Tem um bar no centro super antigo, que faz parte da minha vida. Já vivi fortes emoções ali no passado... O Bar Monteiro. Há algum tempo atrás passou por uma reforma e ganhou um novo dono. Letícia, Rafa e Marcelo adoram almoçar ali. De vez em quando vou com eles. Outras vezes, quando passamos pela porta, o dono, bastante escandaloso, está na porta e tem sempre um comentário. Pricipalmente pra Lelê, frequentadora assídua!
No final de semana passado li no jornal que na próxima sexta o Bar Monteiro fecha suas portas. Foi vendido para o restaurante ao lado. Na segunda, Lelê me chama para almoçar lá com o Rafa, porque precisava trocar figurinhas do álbum da Copa. Lembrei logo do dono e disse que não, obrigada. Ela insistiu, lembrei que poderia ser a última vez e topei. Também adoro os dois, precisava rir um pouco e fomos nós! Chegamos lá, a primeira coisa que fiz foi perguntar ao garçom:
- E aí, vão fechar, né?
Coitado! O cara ficou branco!!!
- Hein? O bar vai fechar?
- Ué! Tá sabendo não? Saiu no jornal! Essa semana fecha! Foi vendido!!!
Olhei pra cara do Rafa e da Lelê e os dois estavam prontos pra explodir em uma gargalhada!
Bastou o cara virar as costas e os dois juntos me deram a maior bronca, rindo pra cacete:
- Porra, Bia!!! Acabou de avisar ao cara que ele está sem emprego, que está fudido???
- Mas eu é que tenho culpa? Sai no jornal e o idiota do amigo de vocês não avisa aos funcionários dele???
Aí fomos fazer o pedido. Eu queria uma salada múltipla escolha.
1. Não tinha o papel pra marcar. Tive de ditar.
2. De uma lista enorme, consegui pedir alface ['só tem lisa'] + passa + queijo minas.
- Que salada pequena! Só vai comer isso?
- É que estamos sem alguns ingredientes - respondeu o garçom pra Lelê.
- Nem cenoura tem - eu disse.
Sem papel, sem ingredientes e com a nossa presença... Tomara que a galera tenha dado a mó prensa naquele sujeito que jamais deveria ter comprado um bar.
E eu é que falo demais, né? Rá!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ai, não...

Fui uma criança muito tímida. Muito. Depois, aprendi a disfarçar em algumas situações. Em outras, lá vem a timidez outra vez. Quando estou entre meus amigos e entre as pessoas que gosto, falo sobre qualquer assunto, pegunto demais, me intrometo em tudo... Quem convive comigo já se acostumou. Ou se conformou! Também falo de mim, das minhas aflições, das minhas angústias, conquistas, derrotas, alegrias. Sem medo, sem censuras. Mas não tenho mais paciência pra falar sem estar a fim. E escutar a mesma lenga lenga. Já sei aonde dói, já sei quanto terei de esperar, ou se não passará jamais, se estou repetindo padrões, sobreviverei?... Ah! Não! Tudo igual? Será que a tecnologia avança, os escritores escrevem um livro diferente do outro, os chefes de cozinha inventam novos pratos... E essas pessoas continuam dizendo as mesmas coisas há mais de um século? E querem que eu fique ali, falando ando ando... Me repetindo junto? Chato, hein?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Um pouco de Drummond...

Escravos em Papelópolis
Ó burocratas!
Que ódio vos tenho, e se fosse apenas ódio...
É ainda o sentimento
Da vida que perdi sendo um dos vossos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Gente que cai nº 5.897

Falando em Carol, em orgulho... Lembrei de gente que cai! Hoje eu caí! Caí! Mais uma vez eu caí na rua!!! Depois do almoço, Rua da Quitanda lotada [claro, sem plateia não tem o menor valor!], Claudinha xingava sem parar a moça da farmácia, de repente eu estabaquei! Só deu tempo de falar "Claaaaaaaaaudia!!!". E caí! Mas fui ágil e peguei a carteira que pulou da bolsa. Claudinha começou a rir [sim, todos ficam com vontade de rir], ainda escutei um bebum falando "assim cai" e entramos em outra farmácia. Cheguei no trabalho e perguntei: "gente, o que aconteceu comigo na rua que sempre acontece?" E um coro uníssono: "Caiu!" É muita desmoralização para uma pessoa, né?

Pra gente rir um pouco

Há uns dias atrás Carol disse que havia começado a ver Lost. Resistente, ficou atrasadíssima! Até eu, que fiquei um tempão escutando as conversas loucas de todo mundo sobre a série, comecei a ver há uns 3 anos atrás. Só que parei na terceira temporada. Carol, super rápida, viu tudo em poucos dias.
Ontem, ela, Lelê e eu fomos tomar um café no CCBB. Aí, ela conta a seguinte conversa com o Felipe:

O Lipe perguntou o que eu estava achando de Lost. E eu falei que era muito boa, que eu estava adorando e que precisava dar a mão a dobrar: a série é muito boa mesmo.
Ele ficou olhando e perguntou: não seria a mão à palmatória?
E eu lembrei que era o braço a torcer.


Linda!!! Muito orgulho!

Fica bem

Foi na creche dos meus filhos que o vi pela primeira vez. Avô da melhor amiga da minha filha e pai de uma das minhas melhores amigas. E logo depois, tornou-se uma das pessoas que eu mais admiro na vida. Bonito, vigoroso, culto, polêmico, uma das pessoas mais inteligentes que conheço. Em muitos momentos me fez pensar e repensar tudo! Hoje, ele me salva. Me dá colo. Me acalenta. Me acalma. E hoje, mais uma vez, ele chora a perda de uma filha. E eu só queria dizer pra ele: você não merece tanta dor...

domingo, 9 de maio de 2010

Feliz Dia das Mães

Poema à mãe - Picasso

Hoje é o Dia das Mães.
Está bem. Já sei que é um dia para o comércio, que dia das mães é todo dia... Mas quando a gente é mãe, sabe que é bem bom um dia pra ganhar um monte de declarações especiais dos filhos, ser paparicada e ter certeza desse amor.
Portanto, hoje eu mando alguns beijos especiais...
Para a minha mãe, sempre linda, alegre, amorosa, maravilhosa. E que além de ser essa super mãe, é uma super avó!
Para os meus filhos, que realizaram o meu maior sonho, que me ensinam todos os dias a insistir em tudo, e que me fizeram entender o que é amor incondicional.
Para a minha irmã, que foi o meu primeiro exercício de maternidade e que hoje é essa mãe tão linda.
Para todas as minhas amigas, que dividem comigo, cotidianamente, todas as alegrias e angústias de sermos mães. E que, apesar de todos os tropeções, somos vitoriosas! Por não perdermos, com nossos filhos, nossa capacidade de ternura, de equilíbrio, de respeito, de escuta, de darmos colos, puxões de orelha, chorarmos juntos e estarmos, sempre, dispostas e disponíveis, a nos repensar e a propor que se repensem também. Nem sempre conseguimos tudo, mas estamos todos juntos, no nosso caminho.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A que será que se destina?

Existimos. Não conhecia Teresina. Meu trabalho me levou até lá. Na verdade, ainda peguei um carro e viajei uma hora até Caxias, uma cidade pequena, no Maranhão. Fui avaliar, pelo MEC, o trabalho de um Pólo de uma Universidade Aberta do Brasil. Um lugar longe, muito longe daqui deste Sudeste onde vivo. Um lugar onde tem uma rua chamada Rua do Sol, porque não tem uma única hora do dia em que o sol não esteja a pino. Só quando chega a lua. Lá, os dias são sempre muito quentes. As casas são todas muito simples. As pessoas muito sorridentes. E lá, não tem jeito, a gente tem certeza de que o Brasil é muito pobre.
A coordenadora do Pólo é uma maranhense porreta. Estudiosa, batalhadora, dá conta de tudo e transforma o pouco que tem em conhecimento para muitos. Fala sem parar no trabalho, com o orgulho de quem sabe que está fazendo alguma coisa muito importante. Muito! Mostra todos os cantos, apresenta todas as pessoas. E sonha. Como sonha. E fico pensando que eu quero me contaminar muito com esse sonho. E o quanto eu desconheço, de fato, da realidade dessas pessoas. Depois de muito tempo no Pólo, vamos almoçar com a Secretária de Educação. Empolgadíssima com a cidade e com tudo o que faz, me leva para conhecer um monte de escolas, professores e crianças. No caminho comento com ela que quando estive no Pará vi muitas motos e que no Piauí e no Maranhão não é diferente, estava impressionada.
- Ué, você não sabe? Aqui não se toca gado mais no berro. Só se toca de moto, minha senhora!
Não tem como não cair na gargalhada!
Nas escolas escuto também um monte de histórias tristes e impressionantes. Fome, pobreza, dificuldades sem fim... Mas uma vontade danada de se fazer alguma coisa.
- Se tiver um aluno a gente abre a turma. Porque é uma vida que a gente está salvando.
O carro da secretária é um Corsa velhinho e nós andamos nele durante horas, falando sem parar. Rimos muito, suamos muito e falamos o quanto o Brasil está mudando. Elas queriam que eu ficasse lá vários dias. Tinham planos para eu fazer várias coisas. E eu adoraria ficar um tempo por lá e fazer todas as coisas importantes que elas fazem. Queria conversar com aquelas pessoas todas. Queria entender como é possível ter tanta vontade para estudar em situações tão adversas. Como é possível viver sob aquele sol escaldante? Como, por exemplo, a senhora que trabalha o dia inteiro na secretaria, chega em casa à noite e faz comida, tem um único computador, espera os três filhos acabarem os trabalhos da escola irem dormir, para sentar à meia-noite e fazer o curso a distância até de madrugada, dormir 3h por noite e acordar para começar tudo outra vez? Como assim? E aí eu olho pra mim e me pergunto por que mesmo que eu estou ali?
Viajo uma hora de volta ao hotel e encontro um e-mail maravilhoso da coordenadora me chamando de querida e dizendo que ela e a secretária já se sentem minhas amigas. É claro que fiquei feliz, emocionada e certa de que ainda tenho muita coisa pra aprender nesta vida. E que quero voltar muitas vezes ao Piauí, ao Maranhão e viajar muito por esse meu país. E conversar com todas as pessoas que eu encontrar. E virar querida, amiga, pertencer.
E saio a procura da Cajuína cristalina em Teresina.

Meu modelo

Sei que é novela... MAS QUE TODOS OS HOMENS APRENDAM A SER MIGUEL NA VIDA!!!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Camille

Durante muito tempo, ela foi a nossa unica criança. Quem não se lembra dela no karaokê na casa do Claudio Kamel, de bloquinho na mão, dando notas para cada um que cantava? Ou na festa de aniversário do Ricardo, pequenina no meio de tantos adultos? Ou da inesquecível apresentação junto com o Claudio Otavio, pai, cantando xuntinhos? Todos nós ficamos emocionados. Foi lindo! Quando Karina chegou para completar a familia, Camille era a menininha que sentava no seu colo no restaurante, penteava seu cabelo na praia e se jogava no meio dos dois em qualquer lugar. Lembro dos vestidos lindos de menininha, das franjinhas... Mas também das tiradas e comentários sempre inteligentes e que muitas vezes nos dava sustos: veio mesmo de uma criança??? Bom, Camille dormiu ciança e acordou adolescente. Espichou, emagreceu e mudou de comportamento. Sábado, Claudio chegou na praia contando uma história genial!!! Estavam caminhando para a praia, Camille, Karina [com Maria Eduarda na barriga] e ele. Ao dar a mão para ela, escutou o seguinte comentário:
- Pai, dar a mão na rua não! É A MORTE SOCIAL!
Maravilhoso, queridona!