quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

De terça pra quarta de carnaval

Acho que esse foi o primeiro carnaval em que fiquei na praia, nos cinemas, nos restaurantes...
Vi o Oscar!
Foi ótimo! Sempre com o Sá e nossos amigos.
Não fui a blocos. Não fui à cidade do samba. Não fui ao desfile...
Até terça-feira.
Hoje acordei e fui ver A Rocha.
Pedro, meu afilhado lindo, puxava o samba.
Chamei minha filha e lá fomos nós.
Custamos a encontrar a Ana e o Sidinho, mas Elisa e Chico nos ajudaram.
Estava um calor danado!
Suamos, cantamos, dançamos e voltamos felizes.
Minha filha e eu.
Foi muito bom!
Ainda não foi dessa vez que fiquei completamente longe do carnaval.

E agora, morrendo de sono, lembrei do Chico antes de ir dormir...

Sonho de um Carnaval

Carnaval, desengano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano

Carnaval, desengano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão
E hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano

Era uma canção, um só cordão
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão pela cidade

No carnaval, esperança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente grande saiba ser criança

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A minha fé

Ontem eu vi um filme lindo.
Um filme triste. Um final maravilhoso.
Um filme que fala de miséria, de solidão, de perdas, de violência, de histórias, de honestidade, de amor.
Um filme que fala de coisas perto e de coisas longe.
Um filme com pessoas boas e pessoas horríveis.
Eu estava com pessoas que amo profundamente.
Com pessoas que me ensinam cotianamente o poder das relações humanas.
Pessoas com quem eu divido alegria, medos, tristezas, risadas.
Com quem eu divido o que gosto, o que penso, o que duvido, o que tenho certeza.
Pra elas, e pra tantas outras igualmente amadas por mim, eu conto e reconto os meus segredos.
As minhas confidências. As bonitas, as feias, as justas, as mais profundas.
Porque o bacana da vida é exatamente isso... A gente permite e escolhe quem deve saber o que pensamos e o que queremos.
Continuo acreditando que só assim vale a pena.
E é assim que vou continuar pautando a minha vida.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Siginificado, significante

Quando eu era criança tive momentos de certa confusão de identidade.
Em alguns momentos achava meu nome feio, mas gostava do meu apelido.
Em outros, era exatamente o contrário.
Até que assimilei o que meus pais sempre diziam: "Beatriz é quem faz feliz!"
E passei a amar o meu nome e também o meu apelido. Bia.
Quando tinha 12 anos assisti a uma novela que fez o maior sucesso na época. Selva de Pedra.
E tinha um personagem que não fazia parte do núcleo de protagonistas, mas eu adorei seu nome. Caio.
Achei que era forte, diferente. Decidi ali que seria o nome do meu filho.
Anos mais tarde descobri que Caio significa Feliz.
Perfeito! Uma Beatriz só pode ter um filho Caio!
E um dia ele chegou.
Meu filho nasceu lindo, saudável.
Já chegou atento a tudo. Mas rapidamente mostrou seu sorriso.
Foi uma criança absolutamente feliz. Com um sorriso luminoso.
A gargalhada mais gostosa do mundo.
É difícil ficar sem rir ao seu lado.
Tem sempre um comentário pertinente e bem humorado.
E muitas histórias.
Passa a vida rindo de tudo. E de si mesmo.
Mas meu filho também tem seus silêncios.
Agora, ele vai viajar pelo mundo. E seu barulho fará muita falta.
Sua voz alta. Sua opinião pra tudo.
E de longe, sentirei seus sorrisos.
Ficarei atenta as suas histórias.
E vou tentar diminuir a saudade com a esperança da sua felicidade.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Essa música é para as minhas amigas amadas...

Paula Buffara, Viviane Varela, Paula Miranda, Viviane Câmara, Ana Furió e Rachel Guilhon. Minhas tribalistas!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Amigos, sempre os amigos...

Os dias andam confusos mesmo.
Em um momento a perplexidade.
O inacreditável acontece.
No segundo seguinte, uma torrente de coisas boas.
De demonstrações imensuráveis de amor.
De solidariedade.
De lealdade.
Cada dia que passa descubro que tenho mais amigos.
Todos maravilhosos.
O que eu seria sem eles?
Hoje, com certeza, estaria muito mais triste e decepcionada com a vida.
Mas estou lotada de coisas boas.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Ando meio desligada...

Sexta eu passei muito mal.
Tão mal que pensei que aquele pudesse ser meu último dia.
Mesmo assim, levantei. E esperei a hora de ir para a minha neurologista.
Ela sempre consegue uma hora pra mim, nem que pra isso ela deixe de almoçar.
Mais um anjo na minha vida.
Na minha última consulta, papo vai papo vem, ela me contou a vida dela todinha.
Achei bacana aquela história toda. E a paciente era eu...
Na sexta, cheguei lá sem conseguir enxergar direito, com dor, com sensação de morte.
Começamos a conversar. E eu fui logo chorando.
Depois do almoço com a Regina, Joana e Ricardo na quinta, meu coração amoleceu.
E as lágrimas voltaram.
Chorei muito com a minha neurologista.
Cheguei até a ficar com pena de mim. Coisa que odeio!
Sou guerreira! Não me permito achar que estou tão frágil assim.
Mas naquele dia eu estava.
E aí, teve uma hora que ela me perguntou se eu tinha religião.
Disse que não. Sou atéia.
Passei a vida acreditando nas pessoas e na força das relações humanas.
Essa é a minha religião.
E me senti forte de novo... "Sou muito amada!", eu disse pra ela.
E ela sorriu. E eu também.
Como posso achar que é o meu último dia, então?
Saí de lá, tomei meu remédio e fui para o trabalho.
Um monte de problemas me esperavam.
Mas um monte de carinhas me acolhendo e sorrindo pra mim me aguardavam.
De novo, minha amiga Regina me ligou e chorei muito com ela.
Chorei muito quando desliguei.
Ganhei muitos beijos. Muito amor.
De noite, fui ao cinema. O filme é triste. É lindo.
Todos saíram impressionados. Fomos pra Academia conversar.
Estranho, acho que meu coração havia endurecido de novo.
Não sofri no filme.
Acho que já tinha sofrido demais durante o dia.
Acho que está explicado porque fico tão desligada.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A minha noviça

Fui ver Noviça Rebelde há alguns dias.
Sempre quis ser Leila Diniz e Noviça Rebelde.
Quando meus filhos eram pequenos, minha mãe gravou na televisão e eles viam a fita sem parar.
Sabiam todas as músicas e todos os diálogos.
Eu amava assistir a isso, porque cantar "dó é pena de alguém" fez parte da minha infância, junto com meus irmãos e minha mãe.
Fui a Strasbourg e fiquei emocionada em reconhecer cada canto que eu já conhecia tão bem.
Fiquei com medo de estragar a minha noviça.
Mas adorei!
E adorei principalmente ver a emoção da minha filha, da minha mãe, da Ana e da Elisa.
"E afinal, voltei ao dó!!!"