quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Para alegrar a moçada!

Alô liberdade, do Chico

Alô, liberdade
Desculpa eu vir
Assim sem avisar
Mas já era tarde
E os galos tão
Cansados de cantar
Bom dia, alegria
A minha companhia
Vai cantar
Sutil melodia
Pra te acordar

Quem vai querer tocar trombeta
Quem vai querer tocar matraca
Quem vai de flauta e clarineta
Quem é que vai de prato e faca
Quem vai querer sair da banda
Hoje a banda sairá

Alô, liberdade
Levante, lava o rosto
Fica em pé
Como é, liberdade...
Vou ter que requentar
O teu café
Bom dia, alegria
A minha companhia
Vai cantar
Em doce harmonia
Pra te alegrar
Quem vem com a boca no trombone
Quem vem com a bossa no pandeiro
E quem toca só toca telefone
E quem só canta no chuveiro
Quem vai querer sair na banda
Hoje a banda sairá
Hoje a banda sairá
Alô, liberdade!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

É fantasma e é branco...

Sempre tive um pânico na vida: ficar cega!
Tem a ver com a minha história de vida. Tem a ver com um medo quase coletivo. Tem a ver comigo. Pronto.
Não vejo filme com cegos, não leio livros sobre cegos... Porque é como se falasse de alguma coisa que me sinto fadada a viver. E tenho pavor.
Sempre que penso que a cegueira me deixaria na escuridão e só sobrariam meus pensamentos, sons e cheiros, me desespero!
Meus pensamentos já me atormentam demais. Os sons muitas vezes me atordoam. E os cheiros quase sempre me dão dor de cabeça.
Da escuridão eu tenho medo.
Estou vendo o mundo embaçado. Tenho uma placa branca desenvolvendo em cima dos meus olhos. Precocemente...
Sei que ficarei boa. Confio nisso.
Mas que meus fantasmas andam aparecendo, ah! andam sim.

domingo, 23 de novembro de 2008

Por uma cabeça...

Às vezes eu penso que foi embora. Sempre espero que seja pra sempre.
Grande otimista... São apenas algumas horas.
E é sempre o mesmo sofrimento. Aperta, dá raiva, uma sensação de derrota.

Outra vez?
E eu que faço tudo pra que não me perturbe nunca mais.
Simplesmente não acredito que eu não seja forte o suficiente pra vencer tudo isso.
Logo eu, que tento sempre que o bom humor predomine. Que a força do corpo me leve para o lugar que eu quiser.
E faz uma confusão danada no coração.
E é a maior bandeira a bagunça que deixo nas roupas do closet, nos sapatos jogados... Vou revirando tudo por fora.
Acordo de noite. Não acredito que vai ser tudo de novo.

Não durmo.
Não me concentro em nada.
Mas ainda assim quero ir pra rua. Quero todo mundo ao meu lado. Tento fingir um pouco mais.
Amanhã é segunda. Vou pedir arrego. Assim não dá mais.

Lindos!!!!!!!!!

Uma avó maravilhosa e seus 8 netos...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Simples assim...

Posso pensar nas suas inúmeras declarações de amor e sentir a mesma emoção da primeira vez que isso aconteceu. Posso lembrar cada dia que passamos juntos por todos esses anos e saber que sempre nos surpreendemos.
Posso achar que cada vez que chega em casa e quer conversar, me contar tudo, saber de tudo... é um renovar permanente da nossa necessidade de ter o outro perto. Pelo olhar. Pela palavra. Pelas mãos que se dão nesses momentos.
Posso morrer de rir das suas palhaçadas na hora de escovar os dentes, de trocar as roupas e que se transformam em amor profundo na hora de dormir.
Posso voltar o tempo e passar um filme na minha memória das inúmeras viagens que já fizemos e pensar que tudo o que vimos e conhecemos, os dias juntos pelo mundo, nos reforçam a idéia de que nos bastamos e que nos queremos e nos damos bem.
Posso saber que fazemos da nossa casa, com cada detalhe, cada livro, cada música tocada, cada filho que aqui está, cada amigo que por aqui passa... nosso céu e nosso chão.
Posso olhar pra você todos os dias e dar uma gargalhada enorme com cada besteira que fala, mas posso chorar ao lembrar de cada palavra dita cheia de emoção.
Posso andar de mãos dadas com você por todas as ruas da nossa cidade, do nosso bairro, rindo um do outro ou resolvendo todos os problemas do planeta. E posso saber que cada briga que temos é visceral, é cheia de dor.
Posso ter a certeza que admiramos um ao outro pela batalha cotidiana, porque nos orgulhamos profundamente pelo o que cada um é e constrói. E se reconstrói. E nos reconstruímos.
Posso passar todos os anos que me restam ao seu lado. Simplesmente porque te amo e sei que me ama. E porque sou feliz assim. E porque sei que você também é.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Uma música de amor para o feriado...

Espumas ao Vento
Accioly Neto

Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mim
Um grande amor não se acaba assim
Feito espumas ao vento
Não é coisa de momento, raiva passageira
Mania que dá e passa, feito brincadeira
O amor deixa marcas que não dá pra apagar

Sei que errei eu tô aqui pra te pedir perdão
Cabeça doida, coração na mão
Desejo pegando fogo
E sem saber direito a hora e o que fazer
Eu não encontro uma palavra só pra te dizer
Ah! se eu fosse você eu voltava pra mim de novo

E de uma coisa fique certa, amor
A porta vai estar sempre aberta, amor
O meu olhar vai dar uma festa, amor
Na hora que você chegar

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ser dama...

Quando eu era criança, minha mãe tinha um ateliê de noivas. Era completamente mágico e fascinante aquele mundo. Cheio de panos e planos.
Achava tudo lindo e chique. Minha mãe era uma deusa no meio daqueles vestidos de princesas, daquelas mulheres jovens e sonhadoras.
E eu adorava ficar ali, sempre perto, sempre observando.
Minha irmã e eu temos apenas 1 ano e 2 meses de diferença de idade. Éramos parecidas. E acho que por isso, todas as noivas nos convidavam para sermos as "daminhas". Fomos damas de dezenas de casamentos!
Minha mãe fazia nossos vestidos. Todos lindos! Rosa, vermelho, branco, azul...
Dias antes tinha o ensaio. Ficava nervosa, mas fazia tudo muito direito. Era uma função e tanto!
Chegava o dia e a sensação que eu tinha era inexplicável. A gente ia para o cabelereiro, ganhávamos uma maquiagem e íamos cedo tirar fotos com a noiva. Qual a criança que não acharia isso o máximo? Eu achava...
Depois a igreja. A música. Aquela entrada compriiiida. Carregávamos as alianças e um buquê. E todos os olhos pra nós.
Um passinho atrás do outro. Bem devagar. E aquela música tocando, a igreja iluminada e enfeitada. E um noivo sempre nervoso no altar.
Todas as vezes em que entrei na frente de uma noiva, imaginei o dia em que eu estaria no lugar dela. Como eu pensei nisso! Como seria o meu noivo? E o meu vestido? E as minhas damas?
Ser dama para mim era uma missão que poucas pessoas tinham na vida. E eu era a escolhida para exercê-la várias vezes!!!
Ainda bem que foi assim. Porque virei adulta e não me casei na igreja. Nem tive vestido de noiva. Escolhi isso para mim.
A única coisa em comum que eu posso dizer que tive com aquelas noivas que eu e minha irmã acompanhamos tantas vezes, é a certeza de ter um grande amor.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Inspirada pela Paulinha cantando tão lindo...

Eu amo essa música...

Desde que o Samba é Samba
Caetano Veloso

A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite, a chuva que cai lá fora
Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora
O samba ainda vai nascer
O samba ainda não chegou
O samba não vai morrer
Veja o dia ainda não raiou
O samba é o pai do prazer
O samba é o filho da dor
O grande poder transformador