quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Alô, alô

Quero e não quero, mas sei que de repente, de uma hora pra outra, acelerou uma batida aqui dentro. Como se alguma coisa nova fosse surgir. Será? E viesse me dar um susto. Mas também posso continuar paralisada. Como, aliás, me sinto o tempo todo. Só os pensamentos é que andam muito ágeis. Mas as palavras e os gestos não. Lentíssimos. Os passos também. Procuro manter meus olhos atentos, mas ainda assim eles escapam. Vão embora. Encharcam. Disfarço, quando me dou conta que estão assim no lugar errado. Sempre inadequados esses olhos que teimam em viver molhados publicamente. Aí solto um sorriso também fora de lugar. Acho que estou precisando, urgentemente, ir pra Bahia. Encontrar minha régua e compasso.

3 comentários:

Renata Fagundes disse...

ninguém desconfia o que se passa atrás das cortinas da alma...

beijos cintilantes

quero uma carona pra Bahia..rs

Anônimo disse...

Desconexão entre querer e ser/estar.
C'est normal.
BjO*

Sá disse...

Brilhante, enxuto, saboroso, bem ilustrado, tudo de bom!
Consigo até ouvir a música o Candomblé, a Capoeira.
Me chama que eu vou, alôooo
Bjs