quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A delicada raça da pedra dura

Quando eu era criança, um tio muito querido me dizia que eu chegava delicadamente. Ficava pensando seriamente o que seria aquilo. Até que me dei conta que era um elogio. Como eu era muito tímida, eu não queria ser notada. Chegava sem fazer barulho. E ficava observando as conversas. As pessoas. Tudo ao meu redor. Hoje, tenho uma amiga muito querida também, que diz que somos da raça da pedra dura. Já não perco tempo pensando o que isso quer dizer. Entendo bem. Mas fico pensando se a delicadeza e a pedra dura são antagônicas. E concluo que não. Porque quero ter a delicadeza no trato. No falar. No sentir. E a pedra dura, no enfrentamento. Na coragem. Na persistência. Na resistência. Na insistência. E essa, não quebra fácil.  Nem entorta. Por delicadeza, gosto muito dos gestos amorosos. E quando esbarro em alguma coisa diferente disso, vou em frente. Ô raça!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

. O meu Facebook .

É assim. Se estou cansada, exausta, sem vontade de fazer nada. É lá que me ocorrem mil ideias novas. Escutar musicas, conversar com meus amigos, ler um blog. Fácil. Se estou triste, com dó de mim, com um nó na garganta, engolindo o choro por horas a fio. É lá que encontro as maiores bobices, os melhores assuntos, dou as maiores gargalhas. Rio, rio e rio muito. Se estou de mau humor, leio as coisas mais surreais, vejo as fotos mais vergonhosas, acho todos os 'pensamentos' da Clarice Lispector. E, claro, vejo que o mundo é muito melhor do que eu possa imaginar. Não há solidão que resista. Não há seriedade que não despenque em segundos. E aí, eu entro sem nenhum pretensão. E dou de cara com uma declaração de amor dos meus amigos. Gargalhada certa. Nada ali tem script certo. Desconcertante e emocionante. Lindo. E simples assim.