quarta-feira, 30 de junho de 2010

(des)Amor*

Não à toa aquele velho amor voltou a atormentá-la. Ou melhor, voltou a rondar sua cabeça, a persegui-la nas ruas, quando vê seu rosto em todas as pessoas. Seu amor nunca foi embora. Nem com todas as palavras duras, com todos os telefones desligados, os e-mails não respondidos, nem assim ela deixou de amá-lo. Um só dia. Nem assim. Uma mágoa gigante foi crescendo, uma dor profunda se acumulou no peito, mas o amor se recusou a ir. Simplesmente ir. E volta e meia ele está ali. Talvez pela força do início, pela cumplicidade, pelos corpos que não desgrudavam, pelas brincadeiras que só os dois entendiam... Só assim. Mas ninguém ama sozinha a vida toda. Em algum momento desse longo caminho esse elo será perdido. Saudavelmente desfeito. Para que ela se reencontre inteira. Aí sim.

*Escrito para o Comando Rosa http://comando-rosa.blogspot.com/

5 comentários:

Anônimo disse...

Lindo texto. Bem real e ao mesmo tempo, lírico.

beijo

Ricardo

Grasi disse...

Me super identifiquei com teu texto... isso acontece com mais frequência do que as pessoas podem imaginar!!
Bjão, lindona

Anônimo disse...

Me enxerguei completamente no teu texto, e uma lágrima correu sorrateiramente pelo meu rosto agora...

Lindo!

Letícia disse...

"Aí sim" ecoando na minha cabeça.

Anônimo disse...

Verdade absoluta, Bia.
A gente só se reencontra depois de se perder. Tristeza essa história de tentar amar sozinha.
BjO*

Saudadeeeee!