Tapete vermelho NÃO PODE!

Ipanema. É aqui que eu moro. E adoro! E moro bem no quadrilátero da moda. E eu sei lá o que isso quer dizer...? Bom, mas é assim que é chamado. Insuportável, né? Eu sei é que eu adoro morar aqui. Porque como diz a poeta portuguesa Sophia de Mello, Minha alma é feita de mar E metade de mim é maresia. A minha casa é a minha paz. Cheia de branco e cor. Com as pessoas que eu amo. E sair na rua é sempre uma alegria e isso me faz muito bem. Mas tem aquelas coisas que eu não gosto, claro! Ostentação, pessoas totalmente over, peruas que esqueceram há anos a idade que têm, restaurantes que acham que podem parar os carros enormes de pessoas com egos maiores ainda em cima da calçada, homens horrorosos que pensam que seus dinheiros são mais importantes do que as pessoas que os atendem... Enfim, um resumo do mundo. Mas dar uns passos e ver a Lagoa linda, iluminada pelo sol, ou dar mais outros tantos e encontrar o meu mar! Meu, todo meu. É assim que sinto. Me coloca no centro da vida. É assim que eu preciso me sentir. Nada supera esse prazer.
E de repente é Natal! É festa!!! Luzes por todos os lados, sacolas, lojas cheias, compras e compras. E para tornar tudo isso mais fashion, as duas principais ruas do tal quadrilátero, de uma hora para a outra, aparecem cobertas por um chiquérrimo tapete vermelho!!! Alguém descobriu que isso é muito bacana. Só queria descobrir quem foi o infeliz que teve essa idéia... Porque é lindo esse tapete permanentemente imundo, molhado em tempo de chuvas e de uma cafonice que só combina com a pretensão de quem fica escondido fazendo fita... Rá!