Engraçado isso, tão criança e perdendo tempo precioso de brincadeiras e nada pra fazer, pra pensar na vida de compromissos, profissão, casamento, filhos. Ela gostava disso. Desse devaneio infantil.
Aliás, deitar na cama e olhar para o teto ou olhar horas para o nada é uma mania que ela sempre teve.
"Tá pensando na morte da bezerra, minha filha?" A mãe sempre perguntava.
Ela não entendia bem o que era isso, mas sabia que seus pensamentos sempre foram longe. Isso é sonhar? Ela não sabia, mas tinha certeza que tinha muito o que pensar.
Talvez a timidez e uma eterna preguiça tenham contribuído pra isso.
As tardes de sábado eram as mais propícias para os pensamentos voarem. As de domingo ela não gostava. Sempre teve uma melancolia forte.
E assim a vida dela foi andando e mudando. Cheia de pensamentos que voam.
Até hoje isso é encarado como mera distração. Como pode ser distração um pensamento que voa para outros pensamentos que a fazem conseguir viver?
(...) A distração pode ser entendida como um lapso de consciência e de falta de atenção.
Wikipedia
4 comentários:
Muito bacana, querida!!
Estava com saudades!
Bjs,
Ana
Melhor estar distraída do que prestar atenção. Sábia menina!
Beijos.
Muitas vezes que parecemos estar distraídos para o mundo, estamos atentos com o nosso eu, logo, as vezes é muito bom estar distrído.
Beijos!!!!
Reynaldo
PS:Já estava sentido falta.
também não consigo entender a "morte da bezerra". e também ouvia outra coisa que sempre me encucou: "Carol, você parece bico de chaleira: abre a boca e solta besteira!"
eu hein.
Postar um comentário