sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A calma que eu já ganhei

Quando eu era criança odiava ficar em casa fim de semana. Me lembro que se estava sol então era uma agonia que se instalava em mim. Ficava olhando pela janela e querendo muito ser independente para escolher a hora de sair, de voltar, de escolher com quem estar.
Depois, essa indepedência foi chegando e fiz muitos amigos. Sempre precisava estar com eles. Combinava, combinava e todo mundo ia para a minha casa e de lá saíamos em bando. Qualquer lugar era bom. Com eles.
A adolescência traz coisas maravilhosas. Como a pouca vergonha em fazer qualquer coisa na rua. Nós éramos as pessoas mais importantes e mais bacanas em qualquer lugar. Falar alto, cantar no ônibus, ficar horas na porta da escola conversando, gritar para a amiga que estava do outro lado do elevador lotado... Uma alegria que não esgota.
Virei adulta, tive filhos e continuei com essa mania de ter sempre muita gente por perto, ir a todos shows, a todas as festas... Senão, dava uma sensação muito ruim de estar perdendo as coisas mais importantes do mundo. Era um pé na responsabilidade e o outro na farra.
Hoje, a calma se instalou em mim. Não tenho mais a aflição de olhar pela janela sem poder sair, nem a sensação de estar de fora.

Continuo precisando dos meus amigos. Muito. Mas hoje tenho a certeza de que a festa chegou a mim.

2 comentários:

Anônimo disse...

Com certeza minha querida, estar com amigos é uma das melhores coisas da vida, e nós temos tido isso de uma forma deliciosa, com certeza a festa chegou para todos nós.
Beijos!!!!
Reynaldo

Letícia disse...

A festa não chegou em mim, mas eu vou até você!

:D