sábado, 4 de setembro de 2010

Ob-observando

Aquedar-me. Este talvez seja o meu desejo maior nos dias atuais. Em uma sublimidade absoluta, para que nada chegue perto da lembrança de uma decadência física ou mental. Quero apenas um tempo de silêncio. Como se trouxesse o dedo indicador bem devagar até a boca e fizesse psiuu. Queria poder dizer que meus pensamentos foram embora e em breve retornam. Levaram com eles a memória e os sonhos. Mas também a ansiedade, a tristeza e qualquer tipo de angústia. E assim eu poderia, tranquilamente, assistir ao movimento da vida sem precisar sair da minha quietude. Tenho certeza de que tudo continuaria exatamente igual. E mesmo sem pensar, eu cairia em uma enorme gargalhada.

4 comentários:

Letícia disse...

Bom é quando a gente consegue cair na gargalhada? Mesmo que tudo permaneça sempre igual...

Grasi disse...

Às vezes tudo que a gente precisa é de um pouquinho de silêncio... depois tudo volta ao normal.
Um bjão lindona e um domingo super iluminado :)

Sá disse...

Bia,
Já me senti assim.
Procurei entender que poderia ser tal qual um rio que caminha para o mar, não importa os obstáculos, nem quantas curvas ele faça.
Deu certo.
Sobrevivi.
Bjs

simone Couto kaplan disse...

anda cada dia mais difícil mergulhar no silencio, parar o corpo e mente e deixa-los ser.

eu sofro deste mal diariamente.